A
Hidrotubação é um tratamento ginecológico para os casos de OBSTRUÇÃO TUBÁRIA
(DAS TROMPAS).
O diagnóstico de obstrução das trompas é feito através do exame chamado
de HISTEROSSALPINGOGRAFIA e consiste na aplicação (via vaginal), semelhante ao
exame de histerossalpingografia, de medicamentos que irão atuar no útero e nas
trompas, permitindo a sua melhor visualização. O resultado vai depender do tipo de obstrução
existente nas trompas. Existem três tipos de obstrução :Aderência frouxa – aderência que não se desfaz com a ação mecânica da pressão exercida no exame de histerossalpingografia, mas pode ser revertida com o uso da enzima contida na hidrotubação. Nestes casos, o tecido inflamatório é frouxo permitindo a ação da enzima, mas pode haver dano do epitélio no interior das trompas com comprometimento dos cílios internos, que podem se regenerar, desde que seja utilizada a cortisona que retarda a reparação, dando chance a regeneração dos cílios.
Aderência firme ou densa – aderência como sequela de processo inflamatório gerando tecido de reparação denso, rico em fibrina e tecido conjuntivo denso, não sendo suscetível a ação da enzima ou da cortisona. Nestes casos é indicado somente a FERTILIZAÇÃO IN VITRO como única saída.
Não existem relatos de alergias aos medicamentos usados na hidrotubação. A contra-indicação principal para a hidrotubação é o sangramento vaginal, mesmo que pequeno ou em “borra de café”, nos dois dias que antecedem a aplicação. É importante que as aplicações sejam feitas em sequência e semanais, de preferência entre dois períodos menstruais. È contra-indicado um intervalo inferior a sete dias pois as drogas utilizadas são de ação lenta e não podem se acumular no organismo.
A Hidrotubação veio substituir um método doloroso e arriscado chamado PERSUFLAÇÃO TUBÁRIA, que consistia na insuflação das trompas com gás carbônico, injetando pressão através do útero, o que causava acidentes graves com ruptura das trompas e hemorragia interna!
O método de HIDROTUBAÇÅO é antigo e caiu em desuso com a chegada da Fertilização “in vitro” (FIV), prometendo milagres que hoje sabemos serem inferiores a 20% de gestações viáveis. Neste período os planos de saúde pagavam valores irrisórios ao método de hidrotubação, tornando impraticável seu uso em consultório.
Hoje com drogas bem mais modernas e potentes é observado o espaço importante que o tratamento da infertilidade de causa tubária necessita.
Agora com a publicação de trabalhos científicos que divulgam a hidrotubação, teremos mais médicos retornando ao uso do método.
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FABÍOLA PECE comenta: Ajam com cautela, nem todos os casos tem a hidrotubação como indicação, depende do tipo de aderência para se saber até onde valerá a pena. Porisso somente seu médico para te responder com segurança. Cada caso é um caso.
Um comentário:
Fabíola, li a sua trancrição de um artigo de minha autoria, e creio que a divulgação do método se torna sempre importante, pois o mesmo se coloca como uma alternativa antes da Fertilização in vitro (FIV). Me coloco á disposição para esclarecimentos sob o método, com 27 anos de prática, através do e mail: drandrevaz@hotmail.com
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