24 julho 2013

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A HIDROTUBAÇÃO

A Hidrotubação é um tratamento ginecológico para os casos de OBSTRUÇÃO TUBÁRIA (DAS TROMPAS).
O diagnóstico de obstrução das trompas é feito através do exame chamado de HISTEROSSALPINGOGRAFIA e consiste na aplicação (via vaginal), semelhante ao exame de histerossalpingografia, de medicamentos que irão atuar no útero e nas trompas, permitindo a sua melhor visualização.  O resultado vai depender do tipo de obstrução existente nas trompas. Existem três tipos de obstrução :

Aderência fugaz – aderência que impede a gravidez, mas que ainda não lesou o epitélio interno das trompas, e se desfaz com a pressão do contraste utilizado no exame de histerossalpingografia. Isto explica os casos de gestações que acontecem nos meses logo após os exames de histerossalpingografias que tem seu resultado dito “normal”.

Aderência frouxa – aderência que não se desfaz com a ação mecânica da pressão exercida no exame de histerossalpingografia, mas pode ser revertida com o uso da enzima contida na hidrotubação. Nestes casos, o tecido inflamatório é frouxo permitindo a ação da enzima, mas pode haver dano do epitélio no interior das trompas com comprometimento dos cílios internos, que podem se regenerar, desde que seja utilizada a cortisona que retarda a reparação, dando chance a regeneração dos cílios.

Aderência firme ou densa – aderência como sequela de processo inflamatório gerando tecido de reparação denso, rico em fibrina e tecido conjuntivo denso, não sendo suscetível a ação da enzima ou da cortisona. Nestes casos é indicado somente a FERTILIZAÇÃO IN VITRO como única saída. 


Não existem relatos de alergias aos medicamentos usados na hidrotubação. A contra-indicação principal para a hidrotubação é o sangramento vaginal, mesmo que pequeno ou em “borra de café”, nos dois dias que antecedem a aplicação. É importante que as aplicações sejam feitas em sequência e semanais, de preferência entre dois períodos menstruais. È contra-indicado um intervalo inferior a sete dias pois as drogas utilizadas são de ação lenta e não podem se acumular no organismo.
A Hidrotubação veio substituir um método doloroso e arriscado chamado PERSUFLAÇÃO TUBÁRIA, que consistia na insuflação das trompas com gás carbônico, injetando pressão através do útero, o que causava acidentes graves com ruptura das trompas e hemorragia interna!
O método de HIDROTUBAÇÅO é antigo e caiu em desuso com a chegada da Fertilização “in vitro” (FIV), prometendo milagres que hoje sabemos serem inferiores a 20% de gestações viáveis. Neste período os planos de saúde pagavam valores irrisórios ao método de hidrotubação, tornando impraticável seu uso em consultório.
Hoje com drogas bem mais modernas e potentes é observado o espaço importante que o tratamento da infertilidade de causa tubária necessita.
Agora com a publicação de trabalhos científicos que divulgam a hidrotubação, teremos mais médicos retornando ao uso do método.


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FABÍOLA PECE  comenta: Ajam com cautela, nem todos os casos  tem a hidrotubação como indicação, depende do tipo de aderência para se saber até onde valerá a pena. Porisso somente seu médico para te responder com segurança. Cada caso é um caso.

Um comentário:

TRATAMENTO PARA INFERTILIDADE DE CAUSA TUBARIA - DR ANDRE VAZ disse...

Fabíola, li a sua trancrição de um artigo de minha autoria, e creio que a divulgação do método se torna sempre importante, pois o mesmo se coloca como uma alternativa antes da Fertilização in vitro (FIV). Me coloco á disposição para esclarecimentos sob o método, com 27 anos de prática, através do e mail: drandrevaz@hotmail.com

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