Existem muitos casais que sofrem com a
infertilidade ou
doenças que impedem a geração de vida a partir de gametas próprios. Além de
todas as técnicas de fertilização hoje existentes, existem também os bancos de
sêmen, que ajudam na possibilidade de novas vidas.
Pacientes com câncer , por
exemplo, e que terão de realizar tratamentos como quimioterapia ou
radioterapia, podem ficar estéreis. Hoje, eles podem recorrer à medicina
reprodutiva para garantir a geração de filhos, futuramente. O banco de sêmen
pode ser utilizado por pacientes que buscam pela criopreservação do próprio
espermatozóide após receberem um diagnóstico com câncer. Homens que apresentam azoospermia
(ausência total de espermatozóide na ejaculação) e vasectomia também podem
recorrer ao banco de sêmen. Parceiros com HIV sorodiscordantes,
quando somente o homem ou a mulher é portador do vírus, também têm a
possibilidade de gerar filhos sem contaminar o feto, a partir do banco.
Aonde pode ser feita a coleta :
Em São Paulo, a colheita desse sêmen pode ser realizada no Hospital
Israelita Albert Einstein, um dos mais tradicionais do país nessa área, e
também em clínicas de reprodução assistida .Para a coleta do material, é
necessário uma abstinência sexual de no mínimo dois dias e no máximo cinco. A
coleta é feita em ambiente laboratorial, por meio de masturbação. Os bancos de sêmen existentes nesses locais também oferecem a
possibilidade de fertilização in vitro, para casais inférteis.
Mas, não são apenas casais com problemas para gerar filhos que procuram
os bancos de sêmen. Hoje em dia é muito comum mulheres solteiras recorrerem ao banco de sêmen para uma maternidade
independente.
Exigências do doador:
Necessário ter entre 18 e 40 anos e ser totalmente
saudável. É feito também uma entrevista detalhada além de exames laboratoriais.
Afastadas as possibilidades de doenças sexualmente transmissíveis e aquelas de
incidência familiar genética, o sêmen é armazenado em um tanque de nitrogênio
líquido em uma temperatura inferior a 196°C.
Porém é feito uma triagem bem criteriosa na seleção de quem pode ser um
doador de esperma. O procedimento é voluntário e sem remuneração.
Se um casal optar por usar o sêmen de um voluntário, de maneira alguma
saberá quem foi o doador. A identidade dele é um segredo médico. Durante o
processo de doação é informada a identidade médica do voluntário, nunca sua
identidade civil.
A resolução 1358/92 do Conselho Federal de Medicina de 30 de setembro de
1992, determina que a doação de gametas (espermatozóide e óvulos) deva ser
totalmente anônima.
A
infertilidade conjugal está presente em 15% dos casais com idade reprodutiva. E
em 40% destes casos, as dificuldades são
em decorrência de complicações masculinas. Os problemas mais comuns são varicocele
( uma dilatação do conjunto de veias que drenam o sangue utilizado pelo
testículo), infecção seminal, disfunção hormonal, pouca mobilidade dos
espermatozóides e, até mesmo, vasectomia.
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FABÍOLA PECE comenta: Esta é mais
uma possibilidade de ajuda a muitos casais. Em minha opinião todas são de
grande valia e ajuda. Porém quanto ao fato de doar ainda é uma questão delicada
e não aceita por muitos.
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