A expressão "barriga de aluguel" pode
nos passar a errada ideia de remuneração em dinheiro pela "concessão"
do útero para a gestação do filho de outra mulher. Realmente esse termo “aluguel”
em minha visão da situação, não tem nada a ver.
Existe uma regulamentação
específica para o tema, determinada pelo Conselho Federal de Medicina ,
importante para por fim aos abusos em relação ao procedimentos. O Conselho
autoriza este processo, desde que não haja qualquer compensação financeira para
a doadora do útero. Existem países aonde existe
comercialização.
É uma alternativa para mulheres
inférteis, no entanto, a indicação é muito especifica, ou seja, somente em,
casos quando a mulher não tem mais útero, mas seus ovários são normais, como por
exemplo as pacientes que retiraram o útero por miomas ou outras patologias. Ou então
quando seu útero não suporta uma gravidez, por motivos congênitos, seria o caso
do “útero infantil” ou incompetência istmo cervical, ou seja, quando o colo
uterino é incapaz de manter uma gravidez devido a defeitos anatômicos ou
funcionais.
- Como é feito a preparação da doadora
:
A preparação da doadora temporária do
útero requer alguns cuidados, pois por não ser uma gravidez natural, o corpo não
se estrutura normalmente para receber o bebê, é preciso induzir essas condições
propícias a futura gravidez. O ciclo hormonal é bloqueado através de drogas
injetáveis, caso a mulher ainda tenha menstruação, o que se torna desnecessário
se a mulher estiver na menopausa. A seguir é feito o preparo do útero com
hormônios e são mantidos por 12 semanas (3 meses) de gravidez. A partir desses
três meses, a placenta assume a manutenção da gravidez.
A gestação de substituição (ou "útero
de aluguel") demonstra um ato de generosidade grandiososíssimo. Poucas
pessoas são capazes desse ato. Deve haver ainda um aconselhamento médico e
psicológico muito grande durante a gravidez. Afinal, a doadora temporária de
útero vai desenvolver, logicamente, um apego enorme pelo ser que está se
formando no seu ventre. Porém, ela deve estar ciente que após o nascimento, a
guarda deve ser dada à mãe biológica, no que constitui a maior prova de amor
que ela vai demonstrar àquela mãe biológica e à própria criança.
Quando existe um trabalho médico
correto, e perfeito entendimento entre as partes do processo, o resultado é
fantástico. Permitir gravidez a uma mulher que não pode carregar uma criança em
seu ventre é muito gratificante. E na prática quem sai ganhando mais é o bebê,
que certamente vai passar a ter "duas" mães.
FABÍOLA PECE comenta: Eu,
particularmente, acho uma situação delicadíssima, pois a mulher cria todo um
vínculo com o bebê que se forma em seu ventre.É uma relação de amor muito
grande. A pessoa que contrata um útero de aluguel corre riscos de perder a
criança, principalmente se esta situação
não estiver muito bem segura, com um contrato muito bem feito. Acho uma atitude
muito nobre, mas que eu não conseguiria.
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