A maior vantagem do congelamento está em poder diminuir
ao máximo o número de embriões transferidos para o útero, com isso evita-se a
incidência de gestação múltipla. Isso acontece com freqüência em ciclos de
Fertilização In Vitro, quando o ovário responde muito bem à indução da
ovulação, levando à formação de vários folículos ovarianos. Os óvulos são todos
fertilizados. Ao se colocar parte desses embriões no interior do útero, os que
restarem não poderão ser descartados, pois o embrião é considerado um “ser
vivo”.
As opções são a doação para outros casais, pesquisa científica ou
congelamento. A grande maioria dos casais escolhe pelo congelamento, pois no
momento de se fazer esta opção ainda não sabem qual será o resultado do
tratamento que estão se submetendo. Eles poderão ser mantidos congelados até o
desejo de uma próxima gestação, por tempo indeterminado. Existem duas técnicas:
a de Vitrificação e a Convencional.
Vitrificação é uma técnica de congelamento que possibilita
resultados excelentes nos tratamentos de Fertilização In Vitro. A taxa de gravidez
por essa técnica não é menor quando comparada ao estado “fresco” das células. Pode
ser usada para óvulos como para embriões. Atinge rapidamente a baixa temperatura
(-196º), produzindo um estado vítreo no embrião ou óvulo e impedindo a formação
de cristais de gelo ,causando danos celulares. Essa técnica melhora a qualidade
dos tratamentos de Fertilização In Vitro e pode ser útil na Doação de Óvulos,
Preservação da Fertilidade em Mulheres com câncer e em situações em que houver
óvulos ou embriões excedentes em um ciclo de FIV.
Convencional: No congelamento lento ou convencional, acontece a
formação de cristais de gelo no interior das células e consequentes danos à
qualidade das mesmas. A velocidade da diminuição de temperatura no congelamento
convencional é 70 vezes mais lenta.
FABÍOLA PECE comenta: Em meus ciclos, tinha enorme resposta a indução de ovulação, produzindo muitos folículos. Então aderi ao congelamento algumas vezes. Não vejo outra saída, quando estamos na tentativa, enquanto não conseguimos êxito, não podemos descartar embriões. Os ciclos em que usamos os embriões congelados são mais curtos, pois não é necessário fazermos a indução de ovulação, eles já estão prontinhos para serem transferidos ao útero.
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