18 julho 2013

Medo da Gravidez Ectópica. Saiba mais detalhes.

Estima-se que duas em cada 100 gestações são ectópicas. Nesta situação,  o embrião se desenvolve fora da parte interna do útero. Tanto pode se alojar nos ovários como também no colo do útero e até no peritônio (camada que reveste os órgãos intra-abdominais), mas a maioria dos casos ocorre nas trompas e isto ocorre logo na fecundação.
O óvulo é fecundado pelo espematozoide dentro da trompa, próximo ao ovário. Ao ser transportado para dentro do útero, o embrião pode enfrentar dificuldades no caminho, implantando-se e se desenvolvendo em alguma região da tuba. Esses impasses do trajeto do embrião geralmente ocorrem após infecções causadas por bactérias que danificam a estrutura interior das trompas.
Prevenção:
Não há como se prever isso , o que se pode fazer é reduzir os fatores de risco. Além disso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento adequado, menores serão as chances de complicações, que podem ser muito graves.  
Fatores de risco:
Os principais são infecções pélvicas bacterianas, mulheres que já fizeram cirurgia nas trompas e gravidez ectópica anterior. Uma mulher que já teve a doença tem um risco dez vezes maior de ter novamente, mas veja bem maior incidência, isto não quer dizer que ocorrerá de novo. Mas também há outros fatores, como tabagismo (que dificulta o transporte do embrião pela trompa), idade avançada da mulher, infertilidade, múltiplos parceiros sexuais (maior chance de ter doenças sexualmente transmissíveis) e mulheres que já fizeram cirurgia abdominal. 
Sintomas:
Dor no abdomen e sangramento genital, que pode ser confundido com a própria menstruação. Muitas vezes, a mulher não sabe que está grávida e acredita que naquele mês a cólica menstrual foi mais forte. Náuseas e vômitos também podem aparecer. Casos mais graves podem levar até a desmaios. 
Diagnóstico:
O médico do pronto-socorro é quem geralmente faz esse diagnóstico, pois as mulheres acabam procurando ajuda rápida devido à dor e ao sangramento., sem muitas vezes saber que estão grávidas. Serão solicitados exames como a ultrassonografia transvaginal, o teste de gravidez e outros exames de sangue. O ultrassom mostra se há ausência de gravidez dentro do útero e presença de embrião ou imagem semelhante na tuba. O nível de beta-HCG no sangue também é importante para firmar o diagnóstico. 
Riscos:
O maior risco, se não tratada  é de rompimento da trompa e sangramento abdominal, provocando grande perda de sangue e até morte. A gravidez ectópica sempre deve ser interrompida, já que pode levar a sérias complicações para a gestante. 
Quem que já teve gravidez ectópica pode engravidar e ter filhos normalmente?
Sim, apesar de ter um risco maior de uma nova gravidez ectópica .As mulheres que passaram por uma cirurgia para gravidez ectópica costumam conseguir engravidar novamente dentro de 12 a 18 meses após a operação.
Uso de DIU aumenta riscos?

O uso de dispositivo intrauterino (DIU) reduz as taxas de gravidez como um todo, devido aos mecanismos contraceptivos locais. Desse modo, as chances de gravidez tópica e ectópica são muito menores do que as das mulheres sem métodos anticoncepcionais. Porém, se mesmo com DIU uma mulher engravida, os riscos de gravidez ectópica são maiores (até 50%) do que aquelas que não usam DIU (cerca de 2%). 
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FABÍOLA PECE comenta: Como explicado acima, não tem como se prever, mas  a mulher precisa estar atenta a qualquer sintoma diferente, pois intervenção e tratamento a tempo reduz muito as complicações.

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