Estima-se que duas em cada 100 gestações são ectópicas. Nesta situação, o embrião se desenvolve fora da parte interna
do útero. Tanto pode se alojar nos ovários como também no colo do útero e até
no peritônio (camada que reveste os órgãos intra-abdominais), mas a maioria dos
casos ocorre nas trompas e isto ocorre logo na fecundação.
O óvulo é fecundado
pelo espematozoide dentro da trompa, próximo ao ovário. Ao ser transportado
para dentro do útero, o embrião pode enfrentar dificuldades no caminho,
implantando-se e se desenvolvendo em alguma região da tuba. Esses impasses do
trajeto do embrião geralmente ocorrem após infecções causadas por bactérias que
danificam a estrutura interior das trompas.
Prevenção:
Não há como se prever isso , o que se pode fazer é reduzir os fatores de
risco. Além disso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento
adequado, menores serão as chances de complicações, que podem ser muito graves.
Fatores de risco:
Os principais são infecções pélvicas bacterianas, mulheres que já
fizeram cirurgia nas trompas e gravidez ectópica anterior. Uma mulher que já
teve a doença tem um risco dez vezes maior de ter novamente, mas veja bem maior
incidência, isto não quer dizer que ocorrerá de novo. Mas também há outros
fatores, como tabagismo (que dificulta o transporte do embrião pela trompa),
idade avançada da mulher, infertilidade, múltiplos parceiros sexuais (maior
chance de ter doenças sexualmente transmissíveis) e mulheres que já fizeram
cirurgia abdominal.
Sintomas:
Dor no abdomen e sangramento genital, que pode ser confundido com a
própria menstruação. Muitas vezes, a mulher não sabe que está grávida e
acredita que naquele mês a cólica menstrual foi mais forte. Náuseas e vômitos
também podem aparecer. Casos mais graves podem levar até a desmaios.
Diagnóstico:
O médico do pronto-socorro é quem geralmente faz esse diagnóstico, pois
as mulheres acabam procurando ajuda rápida devido à dor e ao sangramento., sem
muitas vezes saber que estão grávidas. Serão solicitados exames como a
ultrassonografia transvaginal, o teste de gravidez e outros exames de sangue. O
ultrassom mostra se há ausência de gravidez dentro do útero e presença de
embrião ou imagem semelhante na tuba. O nível de beta-HCG no sangue também é
importante para firmar o diagnóstico.
Riscos:
O maior risco, se não tratada é
de rompimento da trompa e sangramento abdominal, provocando grande perda de
sangue e até morte. A gravidez ectópica sempre deve ser interrompida, já que
pode levar a sérias complicações para a gestante.
Quem que já teve gravidez ectópica pode engravidar e ter filhos
normalmente?
Sim, apesar de ter um risco maior de uma nova gravidez ectópica .As
mulheres que passaram por uma cirurgia para gravidez ectópica costumam
conseguir engravidar novamente dentro de 12 a 18 meses após a operação.
Uso de DIU aumenta riscos?
O uso de dispositivo intrauterino (DIU) reduz as taxas de gravidez como
um todo, devido aos mecanismos contraceptivos locais. Desse modo, as chances de
gravidez tópica e ectópica são muito menores do que as das mulheres sem métodos
anticoncepcionais. Porém, se mesmo com DIU uma mulher engravida, os riscos de
gravidez ectópica são maiores (até 50%) do que aquelas que não usam DIU (cerca
de 2%).
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FABÍOLA PECE comenta: Como explicado acima, não tem como se prever, mas a mulher precisa estar atenta a qualquer sintoma diferente, pois intervenção e tratamento a tempo reduz muito as complicações.
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