Essa síndrome do hiperestimulo ovariano (SHO) é um risco que
pode acontecer quando existe a sensibilização do organismo da mulher pelas
medicações utilizadas nos ciclos de RA.
Sua incidência é de 0,5%-4% em
procedimento de alta complexidade (FIV/ICSI) Para este perfil de mulheres que
podem passar por uma hiperestimulação, o médico especialista em reprodução
humana pode diminuir as doses para evitar ao máximo que a paciente passe
por esta situação.
São elas:
1.) Mulheres jovens (<35 anos="anos" nbsp="nbsp" o:p="o:p">35>
2.) Baixa
Massa Corpórea
3.) Síndrome
dos ovários policísticos (SOP)
4.) Com
episódios prévios de SHO
5.) Total
de 15 ou mais folículos antrais, ou seja, a contagem dos folículos nos
primeiros dias do ciclo, antes do início das medicações
6.) Altos
níveis de hormônio antimülleriano.
Pode acontecer também com
mulheres que não possuem este perfil quando altas doses de gonadotrofinas (FSH
e LH) são dadas a paciente, fazendo com que esta tenha uma elevação dos níveis
de estradiol, um número elevado de folículos e de óvulos
capturados.
A tão esperada gestação nessas
pacientesacaba sendo um risco maior ainda devido ao aumento de hCG produzido
pelas células maternas. Nesses casos os embriões
são congelados para
que o caso não se agrave mais e possa ser controlado.
Essa síndrome é uma das mais
sérias complicações em Reprodução Humana Assistida (RHA), representando um
risco a vida nas formas mais graves da doença. Essa SHO pode ser classificada
em leve, moderada e severa.
Nessas pacientes ocorre um
acúmulo de líquido na cavidade abdominal que pode chegar a 1,5-1,7 litros devido
a uma exsudação de fluido rico em proteína originárias do peritôneo e ovários.
Em casos severos pode levar a Hipotensão, Diminuição do Fluxo Renal,
Desconforto Respiratório, Disfunção Hepática e Eventos Trombóticos.
O quadro clínico leve e
moderado geralmente é resolvido de forma espontânea após duas semanas do HCG. O
tratamento é cuidar do equilíbrio do corpo, controlando os sintomas.
Sintomas: Transitório desconforto
no baixo abdômen, náuseas leves, vômitos esporádicos, diarreia com episódios
eventuais e distensão abdominal.
Repouso, ingestão oral
de líquidos, reposição salina (Gatorades) são indicadas. Em casos mais graves
as pacientes são hospitalizadas para tratamentos endovenosos.
PREVENIR
SHO deve ser um dos objetivos de qualquer estímulo ovariano, com
avaliação prévia adequada, controles da resposta ovariana a medicação que está
sendo utilizada.
FABÍOLA PECE comenta: Realmente posso falar, com experiência
própria, fazia parte do grupo de risco de pacientes que tem Sindrome de
Hiperestímulo Ovariano e sofri bastante com isso. Porisso , hoje em dia uma das
preocupações nos ciclos é esta: reduzir
medicações de indução para se obter menos folículos ,prevenindo esta síndrome e
transferir menos , diminuindo também as
gestações múltiplas.
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