22 novembro 2012

Maturação in vitro (IVM) de óvulo reduz custo de tratamento


A maturação in vitro de óvulos reduz os custos do tratamento e não tem os efeitos colaterais do uso de hormônios. Mas suas taxas de sucesso ainda são menores que as da fertilização in vitro tradicional.
IVM é a sigla, vinda do inglês, que designa a maturação in vitro de óvulos . O procedimento pode facilitar o tratamento de reprodução assistida para a mulher, tanto fisicamente como financeiramente. As mais beneficiadas são as mulheres com ovários policísticos.
O desenvolvimento dos óvulos começa mesmo antes do nascimento da mulher. Quando ela nasce, já tem o "estoque" de todos seus futuros óvulos. A partir da puberdade, a cada mês é amadurecida uma dessas células, que é liberada pelo ovário.
Todos esses processos acontecem naturalmente no corpo feminino. O que a IVM faz é reproduzi-los em laboratório e mais rapidamente. Nesse tratamento, os óvulos imaturos são colhidos por procedimento cirúrgico e inseridos em meios de cultura com líquidos que simulam o ambiente ovariano e incentivam a maturação.
Depois de maduras, essas células são fertilizadas por meio da injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Nesta técnica, o espermatozóide é inserido diretamente no óvulo. Após a fecundação, é feita a transferência embrionária para o útero.
Diferencial para a FIV normal
A maior diferença da IVM para a fertilização in vitro (FIV) normal é que esta última estimula a maturação dos óvulos dentro corpo da mulher, por meio de injeção de hormônios. Somente após esse processo eles são captados e fecundados em laboratório. Enquanto a estimulação ovariana dura em torno de 10 dias, na IVM o óvulo é amadurecido entre 24 e 48 horas.
Outra vantagem da IVM é que ela é consideravelmente mais barata que a FIV normal. Praticamente metade do valor que o casal gasta durante a fertilização in vitro é em medicamentos, os hormônios injetáveis.
Além disso, a mulher não tem os efeitos colaterais dos hormônios utilizados durante o tratamento, como alterações de humor e dor. Evita-se, também, o risco de síndrome do hiperestímulo ovariano.
Desvantagens
Sendo mais barata e cômoda para a mulher, existe um motivo para ela não seja utilizada em todos os casos de reprodução assistida: Na maioria dos centros que faz essa técnica, que ainda são poucos no mundo, há cerca de 10 % a menos de chance de engravidar, explica o médico. Nessa técnica, o número de óvulos colhidos é menor e, consequentemente, são formados menos embriões de qualidade.
A técnica é aplicada normalmente em mulheres de até 35 anos, que possuem óvulos de maior qualidade, e com risco de síndrome do hiperestímulo ovariano decorrente do uso de hormônios. Nesse grupo se encaixam as mulheres com síndrome de ovários policísticos. Cerca de 10 a 20% dessas pacientes escolhem a técnica.
No Brasil, são poucas as clínicas que fazem o procedimento. Embora seja mais fácil para a mulher, ele é mais complicado para os médicos. A dificuldade de importar remédios também serve de empecilho.
Ainda assim, o método tem-se aprimorado nos últimos anos. "Os meios de cultura e os computadores utilizados no procedimento estão evoluindo. O ideal é que todos os casais pudessem fazer uso dessa técnica, mas não sei se vai substituir a FIV normal". "Pelo menos para as pacientes com síndrome de ovários policísticos, já está ajudando a engravidar". 

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FABÍOLA PECE comenta: Como em tudo existem os pontos  positivos e negativos e nessa técnica não poderia ser diferente. Diminui a possibilidade de efeitos colaterais, reduz o custo, mas a porcentagem de êxito é menor.


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