Mais de 90%
dos casos de infertilidade masculina se devem à baixa quantidade ou qualidade
de espermatozóide (ou a ambos). Em 30% a 40% dos casos de anormalidades do
espermatozóide, a causa é desconhecida. Isto pode ser resultado de um ou mais
fatores que podem ser: doença crônica,
desnutrição, defeitos genéticos, anormalidades estruturais ou fatores
ambientais.
A obstrução parcial de alguma área por onde os espermatozóides
passam pode reduzir a quantidade deles. Segundo estudos, a obstrução é a causa de 60% dos casos de quantidade baixa de espermatozoides
e pode ser causada por diversos fatores.
Quando
falamos em anormalidades nos espermatozóides podemos encontrar casos de problemas
na quantidade, na qualidade ou no formato dos espermatozóides.
Quantidade baixa de espermatozóides (oligospermia)
Quantidade baixa de espermatozóides (oligospermia)
Antigamente,
dizia-se que uma quantidade de espermatozóides inferior a 40 milhões/ml na
ejaculação poderia causar infertilidade. Mas, se a mulher é fértil e jovem, até
um total de 10 milhões pode apresentar sucesso na concepção ao longo do tempo,
mesmo sem tratamento. Em clínicas de fertilização in vitro, homens com baixa
quantidade de espermatozóides apresentam uma taxa de fecundação de cerca de
30%, enquanto que aqueles com quantidade dentro da média apresentam taxas entre
60% a 80%. O total de espermatozóides varia muito ao longo do tempo, sendo que as
vezes a quantidade baixa é temporária. Porisso, um teste único que revela baixa
quantidade de espermatozóides não pode ser considerado como resultado definitivo.
Baixa
mobilidade do espermatozóide (astenospermia)
A mobilidade
do espermatozóide tem a ver com a sua
capacidade de movimentação. Se o movimento é lento, não linear ou ambos, o
espermatozóide terá dificuldade para ultrapassar o muco cervical ou para
penetrar parte externa do óvulo. Se 60% dos espermatozóides ou mais deles
apresentarem mobilidade normal, o espermatozóide tem ao menos qualidade. Se
menos de 40% deles não conseguirem se mover de forma linear, o quadro é
considerado anormal. Espermatozóides que se movem lentamente também podem
apresentar defeitos genéticos ou outros defeitos que os tornam incapazes de
fecundar um óvulo.
Morfologia
anormal do espermatozóide (teratospermia)
Morfologia do
espermatozoide refere-se ao formato e
estrutura dele. Nesse caso, ela pode ser até mais importante do que a
quantidade e a mobilidade no que diz a fertilidade. Espermatozóides com formato
anormal não conseguem fecundar um óvulo. Cerca de 60% deles deve ter tamanho e
formato normais para a fertilidade obter êxito.
A estrutura
perfeita é uma cabeça oval e uma cauda longa. Espermatozóides com formato
anormal abrangem uma série de variações.
·
Cabeça arredondada grande Cabeça
extremamente minúscula.
·
Cabeça afilada.
·
Cabeça curva.
·
Duas cabeças.
·
Cauda com dobras e curvas.
Fragmentação
genética
O espermatozóide carrega metade do material genético necessário para
conceber um ser humano completo (o óvulo carrega a outra metade). Espermatozóides
geneticamente frágeis são uma importante causa de infertilidade masculina. Eles
possuem DNA fragmentados, que os deixam com baixa qualidade diminuindo a
fertilidade.
FABÍOLA PECE comenta:
Porisso que sempre defendo a seguinte opinião: o começo da investigação de fertilidade
deve iniciar-se com o espermograma, pois a anormalidade da fertilidade
masculina diagnosticada pode já definir mais rápido o tipo de tratamento a se
optar.
Um comentário:
espermatozoides
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