Em um estudo foi publicado no recente
congresso Europeu de Reprodução Assistida em julho deste ano foram acompanhadas
quase 4.000 pacientes submetidas à FIV e ICSI. O impacto adverso foi comparável
ao efeito prejudicial do tabagismo.
Os resultados mostraram que o consumo de cinco ou mais xícaras de café
por dia reduziu a taxa de gravidez clínica em 50%, e a taxa de nascidos vivos
em 40%.
A ligação
entre a cafeína e fertilidade tem sido muito estudada. Alguns estudos descobriram
um aumento da incidência de aborto espontâneo em mulheres que ingerem grandes
quantidades de café, mas outros estudos não mostraram associação.
Através de
estudos em 2004 percebeu-se que o
tempo para obter gravidez foi significativamente prolongado nas
mulheres que consumiam mais de seis xícaras de chá ou café por dia, ou quando o
parceiro masculino consumia mais de 20 doses de álcool por semana.
Em estudo dinamarquês,
realizado em uma clínica de fertilização in-vitro com grande número de casos mostrou
que o “risco relativo” (chance) de
gravidez foi reduzida em 50% nas mulheres que relataram beber cinco
ou mais xícaras de café por dia – e a chance de nascimento vivo foi reduzida em
40% (embora essa tendência não tenha atingido significância estatística).
Nenhum efeito deletério foi observado quando as pacientes relataram o consumo
abaixo de cinco xícaras de café por dia.
Em sua
conclusão do estudo, os autores compararam
o efeito deletério de cinco xícaras de café “aos efeitos nocivos do tabagismo“.
Vários estudos recentes têm confirmado que o tabagismo tem efeito adverso na
FIV sobre o número de óvulos recuperados, as taxas de fertilização e
implantação, bem como as chances de gravidez e nascimento vivo.
Este
estudo é o primeiro a correlacionar diretamente o consumo exagerado de café com
a redução do sucesso na FIV, e tem força estatística pelo grande número de
mulheres estudadas (quase 4.000).
Por outro
lado reforça que a ingestão
pequena ou moderada (em torno de 3 xícaras) de café diariamente não traz nenhum
prejuízo às tentativas de gravidez, sejam naturais, ou sejam através da
FIV.
A
recomendação mais lógica é orientar às pacientes subférteis que reduzam sua
ingesta de café para estes níveis aceitáveis. Não é nenhum grande sacrifício,
principalmente levando em conta a recompensa de um tratamento com sucesso e uma
gravidez saudável.
FABÍOLA PECE comenta: Acho assim, quando
se decide engravidar temos que começar a fazer sacrifícios, pois a maternidade
nos exigirá isso sempre. Tudo que possa contribuir para uma gravidez saudável
ou que facilite seu êxito,ao meu ver, é válido.
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