Transferência Embrionária: Qual a Melhor Fase para o Sucesso da FIV?

A transferência do embrião para o útero é um momento crucial na Fertilização in Vitro (FIV), e a escolha da fase ideal do embrião pode impactar significativamente as chances de sucesso. Mas qual a melhor fase para essa transferência? Vamos explorar as visões atuais sobre o assunto.

Estágios do Desenvolvimento Embrionário

• D3 (Terceiro Dia):
  • Nesta fase, o embrião está em estágio de clivagem, com cerca de 6 a 8 células.
  • A transferência no D3 foi comum no passado, mas atualmente a transferência em blastocisto é mais utilizada.
• Blastocisto (D5/D6):
  • O blastocisto é um estágio mais avançado, com centenas de células e uma estrutura mais complexa.
  • A transferência em blastocisto é considerada a melhor opção por muitos especialistas.

Vantagens da Transferência em Blastocisto

• Melhor Seleção Embrionária:
  • Apenas os embriões mais viáveis conseguem atingir o estágio de blastocisto, permitindo uma seleção mais precisa.
  • Isso aumenta as chances de implantação e reduz o risco de aborto espontâneo.
• Sincronização com o Útero:
  • O blastocisto está mais sincronizado com o ambiente uterino, aumentando as chances de implantação.
  • Em uma gestação espontânea, o embrião chega ao útero em estágio de blastocisto.
• Redução de Gestações Múltiplas:
  • Com a melhor seleção, é possível transferir um único embrião, reduzindo o risco de gestações múltiplas.

Considerações Importantes

• A decisão sobre a fase da transferência deve ser individualizada, considerando a qualidade dos embriões e as características da paciente.
• Em alguns casos, a transferência no D3 ainda pode ser indicada, especialmente se houver poucos embriões disponíveis.
• A tecnologia de cultivo embrionário tem evoluído, permitindo que mais embriões atinjam o estágio de blastocisto.

Conclusão

Na visão atual, a transferência de embriões em estágio de blastocisto (D5/D6) é geralmente preferida devido às maiores taxas de sucesso e à melhor seleção embrionária. No entanto, a decisão final deve ser tomada em conjunto com o médico especialista, considerando as particularidades de cada caso.

FABÍOLA PECE comenta : Cada paciente apresenta características únicas, e o tratamento deve ser adaptado às suas necessidades específicas. A idade da paciente, a qualidade dos embriões e o histórico médico são fatores que influenciam a decisão