Uma das dúvidas mais frequentes de casais que passam por um tratamento de Fertilização in Vitro (FIV) é sobre o destino dos embriões que não são utilizados no ciclo. É natural se preocupar com o futuro desses pequenos seres em desenvolvimento e com as implicações éticas e legais envolvidas. Neste post, vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre esse tema tão delicado.
O que acontece com os embriões não utilizados?
Ao final de um ciclo de FIV, podem sobrar embriões saudáveis que não foram transferidos para o útero. Nesses casos, os casais têm algumas opções:
- Criopreservação: A maioria dos casais opta por congelar os embriões. A criopreservação é um processo que permite conservar os embriões em condições especiais, preservando sua viabilidade para futuras transferências.
- Doação: Outra opção é doar os embriões para outros casais que não podem gerar seus próprios filhos.
- Doação para pesquisa: Os embriões podem ser doados para pesquisas científicas, com o objetivo de desenvolver novas técnicas de reprodução assistida e tratamentos para infertilidade.
- Descarte: Em alguns casos, os casais podem optar pelo descarte dos embriões, mas essa decisão deve ser tomada de forma consciente e após uma profunda reflexão, além de seguir as normas legais e éticas vigentes.
O que diz a legislação?
A legislação brasileira sobre o tema é bastante clara. O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece que os embriões devem ser criopreservados ou doados. O descarte só é permitido em casos específicos e com autorização judicial.
Quais os fatores que influenciam a decisão?
A decisão sobre o destino dos embriões é uma escolha pessoal e deve ser tomada em conjunto com o parceiro e com o acompanhamento de um profissional de saúde. Alguns fatores que podem influenciar essa decisão são:
- Planos futuros: O casal deseja ter mais filhos no futuro?
- Aspetos religiosos e éticos: Quais são os valores e crenças do casal?
- Situação financeira: A manutenção dos embriões congelados tem um custo.
Quais as vantagens e desvantagens de cada opção?
- Criopreservação:
- Vantagens: Possibilidade de futuras gestações, flexibilidade para planejar a família.
- Desvantagens: Custos de armazenamento, necessidade de acompanhamento médico regular.
- Doação:
- Vantagens: A possibilidade de ajudar outro casal a realizar o sonho de ter um filho.
- Desvantagens: Pode gerar conflitos emocionais, especialmente se o casal decidir ter mais filhos no futuro.
- Doação para pesquisa:
- Vantagens: Contribuição para o avanço da ciência e o desenvolvimento de novos tratamentos.
- Desvantagens: Pode gerar questões éticas e religiosas.
- Descarte:
- Vantagens: Liberdade para tomar uma decisão definitiva.
- Desvantagens: Pode gerar sentimentos de culpa ou arrependimento.
É importante ressaltar que a decisão sobre o destino dos embriões é uma decisão muito pessoal e complexa. É fundamental conversar com o seu médico sobre todas as opções e escolher aquela que melhor se adapta às suas necessidades e valores.
FABÍOLA PECE comenta: A decisão sobre o destino dos embriões não utilizados em um ciclo de FIV é uma decisão muito particular, importante e que merece ser tomada com cuidado e reflexão. É fundamental buscar informações e conversar com seu cônjuge e com profissionais de saúde para tomar a melhor decisão para você e sua família.
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