Duas técnicas alternativas prometem
diminuir o preço das fertilizações in vitro em até 90% , simplificando o
procedimento usado atualmente.
Um dos métodos foi desenvolvido na
França e já é utilizado no Brasil; ele dispensa o uso da incubadora onde o
embrião se forma, cortando assim o custo pela metade.
O encontro do óvulo com o
espermatozoide ocorre dentro de uma cápsula colocada dentro da vagina. Após
três dias, o embrião é retirado da cápsula e transferido para o útero.
A outra técnica é de origem belga; ela
substitui materiais caros usados na FIV por outros mais simples. O principal deles
é a incubadora de gás carbônico, que controla os níveis de acidez do ambiente.
Os cientistas obtiveram o gás de forma
mais barata, misturando ácido cítrico e bicarbonato de sódio.
Segundo pesquisas, a eficácia é de 30%,
semelhante à da FIV tradicional, e os custos caem de 85% a 90% em relação aos
preços de mercado.
No Brasil, cada ciclo de FIV custa
entre R$ 6.000 e R$ 15 mil, sem contar a medicação e o acesso ao tratamento
pelo SUS é bem restrito a poucos centros de referência.
Além do gás carbônico, os belgas também
economizaram com agulhas e cateteres de transferência mais econômicos.
Porém tudo tem seu lado positivo e
negativo:
Embora a técnica belga tenha potencial
de baratear a FIV, ela é limitada por ter sido usada apenas em casais mais
jovens (menos de 35 anos) e sem infertilidade masculina grave.
O método francês (Invo) usa uma cápsula
permeável ainda pouco difundida no Brasil.
As taxas de gravidez são semelhantes às
da FIV tradicional (o que é contestado por alguns especialistas em reprodução,
que apontam eficácia de até 60% da técnica convencional), e o preço é de R$
8.000, incluindo a medicação.
Na Invo, a vagina desempenha o papel da
incubadora, mantendo a temperatura ideal e fornecendo o ambiente necessário
para o desenvolvimento do embrião.
Após três dias, a cápsula é removida da
vagina e os embriões são levados ao laboratório. Os de melhor qualidade são
transferidos para o útero. "É mais natural. Na vagina a taxa de oxigenação
é de 3% a 5%. Na incubadora, de 18% 20%.
Detalhe: A técnica não serve para casos
de infertilidade masculina, quando é indicado o procedimento chamado ICSI, em
que um único espermatozoide é injetado no óvulo.
A principal vantagem do método é o
menor custo do tratamento, facilitando a adoção pelo serviço público de saúde
(SUS).
Como
ponto negativo também é apontado o risco de contaminação dos embriões por
germes da vagina, como a Candida albicans por alguns médicos; Outros contestam,
dizendo que a cápsula filtra a entrada de bactérias.
FABÍOLA PECE comenta: Como tudo que é
novidade ainda precisa de muito estudo para ser aperfeiçoado, mas vale a
inovação.
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