As aderências pélvicas são faixas de tecido cicatricial, que
se formam na área pélvica e fazem com que os órgãos fiquem colados ou unidos
uns aos outros e na sua grande maioria ocorrem
em mulheres que são submetidas a cirurgias pélvicas.
Geralmente as mulheres que
tem aderências pouco sabem sobre este assunto e porisso não discutem o assunto
com os seus médicos antes de serem submetidas a uma cirurgia ginecológica e nem
mais tarde, quando se desenvolvem esses problemas.As aderências são uma consequência comum, embora por vezes grave, de todos os tipos de cirurgias, incluindo os procedimentos ginecológicos mais vulgares, como a dilatação e curetagem, cesariana, histerectomia, tratamento cirúrgico da endometriose, miomectomia (remoção de fibromiomas), cirurgia dos ovários e cirurgia reconstrutiva das trompas. As aderências que se formam após cirurgias são uma das principais causas de dor pélvica pós-operatória, infertilidade e obstrução do intestino delgado.
A incidência delas pode ser reduzida e muitas vezes, prevenida. E é extremamente importante tentar impedir a formação de aderências, uma vez que, depois de formadas, elas tendem a reaparecer, mesmo depois de terem sido removidas cirurgicamente.
Como se formam as aderências?
Todos os órgãos abdominais e pélvicos, exceto os ovários, estão parcialmente envolvidos numa membrana transparente denominada peritono. Quando o peritoneo fica traumatizado durante uma cirurgia ou de qualquer outra forma, o local que sofre o trauma fica inflamado. A inflamação é normal, fazendo mesmo parte do processo de cicatrização. Mas a inflamação também contribui para a formação de aderências, facilitando o desenvolvimento de faixas fibrosas de tecido cicatricial.
Normalmente, estas faixas de fibrina acabam por se dissolver através de um processo bioquímico denominado fibrinólise, e o local traumatizado continua a cicatrizar. No entanto, por vezes, a natureza da cirurgia tem como resultado uma diminuição do afluxo de sangue a essas áreas (um problema denominado isquemia), que pode suprimir a fibrinólise. Se as faixas de fibrina não se dissolverem, podem transformar-se em aderências, que irão desenvolver-se ligando ou unindo órgãos ou tecidos pélvicos que normalmente estão separados.
FABÍOLA PECE comenta: Sempre que for passar por uma
cirurgia, principalmente na área pélvica, converse com seu médico sobre
possíveis aderências, principalmente se estiver ainda em idade fértil e deseje
ter mais filhos. Veja bem, isto não é regra, porém em muitos casos
aderências podem atrapalhar.
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