As duas cirurgias podem trazer riscos, mas a laqueadura exige um cuidado
maior, porque é mais invasiva e pode atingir uma das artérias que irrigam os
ovários, o que é capaz de levar a disfunções hormonais irreparáveis.
A reversão dessas operações é bem complicada e, depois de algum tempo,
no caso da vasectomia, há risco de o homem não produzir mais espermatozoides
(quanto mais tempo se passa acontece a azoospermia). A idade da mulher também
pode ser um complicador, pois há uma diminuição gradual do número de óvulos
produzidos, e aí a reversão não valerá a pena. O SUS não faz a reversão. Nesse
caso, é possível fazer uma inseminação artificial.
Regras para fazer laqueadura e vasectomia pelo SUS:
O SUS oferece ambos os métodos para pessoas com mais de 18 anos e
pelo menos dois filhos nascidos vivos ou com mais de 25 anos sem filhos,
desde que seja respeitado o prazo de 60 dias entre a manifestação da vontade e
o ato cirúrgico.
A rede pública também permite a laqueadura ou a vasectomia nos casos em
que uma gestação possa trazer risco de morte para a mulher ou para um futuro
bebê. Entre as doenças sérias durante a gestação estão: pressão muito alta,
problemas nos rins e diabetes grave.
É proibido fazer laqueadura no parto ou durante um aborto, porque
são momentos inadequados para a decisão e porque pode existir riscos para a mãe
e para o bebê.
Sangramento contínuo após a cirurgia, dor, febre e ausência de
menstruação são sinais de alerta para algum problema na cirurgia.
Uma opção para quem não pode fazer a
laqueadura ou ainda não está bem certo da decisão é o dispositivo intrauterino
(DIU). Outros métodos contraceptivos não definitivos – como camisinha,
diafragma, anel vaginal e pílula – também podem ser uma alternativa. Mas é
preciso lembrar que apenas a camisinha protege contra doenças sexualmente
transmissíveis (DST).
FABÍOLA PECE comenta: Eu particularmente acho válido serem feitas várias
imposições antes de liberar esses métodos drásticos, pois depois as pessoas
esquecem que sua vida pode mudar e optarem por querer mais filhos. Aí, uma vez
feito anteriormente estes métodos se torna além de desgastante,muito mais caro,
pois o casal terá que recorrer a Reprodução Assistida.
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