20 maio 2013

Aspectos emocionais na ovodoação


Todo casal com dificuldades para engravidar busca o auxílio dos tratamentos de reprodução assistida, e geralmente espera sair desse processo com um filho biológico. Porém, em casos como falência ovariana , menopausa precoce ou quando a mulher possui óvulos em qualidade diminuída,  a única alternativa seria a ovodoação.
A ovodoação precisa ser entendida a fundo, pois questões psicológicas advindas dessa técnica merecem cuidados especiais para que sejam evitados problemas futuros até mesmo inconscientes.
A ovodoação seria um tipo de adoção diferente da tradicional, mas para a mulher que realiza este procedimento, muitos dos aspectos psicológicos envolvidos em uma adoção clássica também são vivenciados na ovodoação. Há muitas mulheres que, negam para si mesmas o fato da adoção do óvulo, acreditando terem gerado a criança em seu próprio ventre, o material biológico é mesmo delas. Nestes casos, a negação inconsciente da necessidade de se utilizar o óvulo de uma mulher doadora marca a dificuldade de aceitação deste tipo de adoção, podendo, inclusive, gerar fantasmas posteriores ao nascimento do bebê, caso esse conteúdo inconsciente venha à tona novamente, em alguma outra etapa da vida.
Outro aspecto emocional que pode ser desencadeado com a ovodoação é a fantasia de traição por parte do marido, através da fecundação do óvulo da doadora com o espermatozóide de seu companheiro.
Para casais que disputam poder dentro da relação conjugal, a ovodoação pode potencializar conflitos e ainda vir a prejudicar um terceiro: a criança.
Porisso o uso da ovodoação precisa ser cauteloso e requer um acompanhamento psicológico.
Apropriar-se do óvulo de outra mulher “como seu” requer um trabalho interno (psicológico) de elaboração desse processo, uma vez que para algumas mulheres, a ovodoação pode representar a frustração de não poder gerar um filho com seus próprios óvulos. Enquanto para outras, a experiência da ovodoação se traduz numa vivência de gratidão a alguém que não se conhece, mas que foi fundamental para entregar-lhe um presente para toda a vida.
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FABÍOLA PECE comenta: Eu já doei óvulos e sempre pensei da seguinte forma: estava ajudando uma pessoa que  tinha problemas além dos meus; porém nem todas as mulheres pensam desta forma. Pensando do lado da receptora, acho que o sentimento de paternidade e de maternidade é independente do componente biológico, ele ocorre ao longo do tempo, com a convivência, e a natural construção dos laços afetivos, assim como em uma adoção clássica.

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