Hoje em dias são duas as
técnicas utilizadas:
1- congelamento lento ;
2- vitrificação.
A primeira técnica, mais antiga, leva três horas para congelar
um óvulo. Como essa é uma célula com muita água, a formação de grânulos de gelo
no interior danifica as estruturas, resultando em uma taxa de fertilização em
torno dos 2%. A segunda ,mais recente, congela a célula em apenas 3 minutos. A
sobrevivência do óvulo é melhor, pois suas estruturas são mantidas, assim como a
taxa de fertilização também. Segundo dados fornecidos por clínicas de RA, essa
porcentagem está em torno de 38%, mas os últimos dados (2007) do comitê da
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva apontam apenas 4%.
Apesar do progresso científico,
a fertilização dos óvulos congelados não é garantida e sua eficácia está
intimamente ligada a idade e saúde da mulher. Após os 45 anos, fisicamente, a
mulher não está em condições ideiais de gerar ou dar continuidade a uma
gravidez. O ideal é no máximo até os 40 anos.
Mas antes disso, já a partir
dos 30, a mulher deve estar preparada para possíveis problemas como diabetes
gestacional, já que o corpo passou de seu estado perfeito para uma gestação. O
aumento no número de prematuros, também é considerado uma consequência de uma gravidez tardia.
Outro fator que deve ser levado
em consideração: para se utilizar óvulos congelados, obrigatoriamente a mulher
deverá optar por uma fertilização in vitro (FIV).
Algumas considerações importantes:
Nem toda mulher pode se
submeter ao tratamento de hiperovulação que precede o congelamento. Algumas não
podem tomar hormônio, têm problemas hepáticos ou de coagulação, o que
impossibilitaria a produção de muitos óvulos e, portanto, a sua aspiração (
procedimento cirúrgico e, portanto, apresenta alguns riscos).
Outro fato é que, durante o
tratamento, a mulher pode responder excessivamente ao hormônio, causando a
síndrome do hiperestímulo ovariano e retendo líquido na região abdominal, sendo
assim a mulher terá de passar novamente por todo o processo , mas é possível
avaliar esse risco antes do tratamento.
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FABÍOLA PECE comenta: Eu particularmente recorri várias vezes ao congelamento, pois como respondia e muito ao estímulo, produzia muitos óvulos, tendo 2 vezes que reiniciar o tratamento por apresentar hiperestímulo. Muitas pessoas acham que a eficácia não é a mesma, mas a eficácia da transferência dos embriões descongelados é ótima. A única coisa é que no "descongelar" alguns são descartados, porém os que ficam são de boa qualidade e tão bom quanto os "a fresco".
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