A dose de hormônios para estimulação ovariana utilizada em uma técnica
de reprodução assistida de baixa complexidade (coito programado ou inseminação
artificial) é sempre bem menor que a usada nas de alta complexidade (FIV ou
ICSI).
Apesar de as medicações indicadas para as técnicas de reprodução assistida
serem semelhantes, a forma de uso e a quantidade de cada uma delas variam de
acordo com o método de fertilização que será escolhido.Métodos de baixa complexidade
Os métodos considerados de baixa complexidade (relação ou coito programado e inseminação artificial intrauterina) utilizam as mesmas medicações, que fazem com que a mulher ovule em quantidades próximas ao que acontece naturalmente. Essa estimulação pode ser feita por meio de dois remédios. O primeiro é um comprimido que induz a produção do hormônio da ovulação. Ele é indicado para mulheres que têm uma boa reserva ovariana. Já a segunda medicação é um líquido aplicado como injeção subcutânea. Ao contrário do primeiro medicamento, que estimula a produção hormonal, esse remédio contém em sua fórmula o próprio hormônio que faz a mulher ovular.
Sempre será feito um acompanhamento pelo médico para observar a resposta do organismo ao tratamento.. O período de consumo da medicação costuma ser de 10 a 12 dias.
Passado esse período, a paciente aplica uma injeção subcutânea do hormônio que atua na maturação do óvulo e no rompimento do folículo (espécie de cápsula que abriga o óvulo até que ele esteja maduro). Feita a aplicação, o médico sabe que a paciente vai ovular em 36 horas.
Métodos de alta complexidade
Nos métodos de alta complexidade, a fertilização in vitro clássica e a fertilização in vitro com Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI), a medicação de estimulação ovariana é basicamente a mesma, mas o uso via oral é descartado.
"Nos procedimento de alta complexidade, é esperado que a estimulação gere um número maior de óvulos. Portanto, as doses passam as ser maiores e a mulher vai aplicar a medicação diariamente.
Neste caso , por causa das doses maiores, os folículos tendem a ficar maduros mais cedo – por volta de 10 dias. O médico vai, então, receitar uma medicação que impede que a ovulação aconteça antes do previsto.
Esse remédio pode ser administrado de duas formas. A primeira é quando o especialista prefere que a mulher tome a medicação desde o início do tratamento. Nesse caso, pode-se usar uma injeção subcutânea ou um spray intranasal. A segunda maneira é quando a mulher toma o medicamento só quando o médico detecta que o folículo já está perto de se romper. Nessa situação, a medicação é aplicada por meio de uma injeção subcutânea.
Para que o médico saiba a hora certa da ovulação, 36 horas antes de ser feita a punção dos óvulos a mulher aplica uma injeção do hormônio para que haja a maturação, assim como nos métodos de baixa complexidade. Ela vai atuar também na maturação dos óvulos e no rompimento dos folículos.
Além disso, se a mulher tiver com baixo desenvolvimento do endométrio (parede que envolve o útero), ela vai usar , além do exposto antes um adesivo que contém o hormônio que estimula o crescimento dessas células durante todo o tratamento.
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FABÍOLA PECE comenta: A medicação é usada sem problemas, sempre com acompanhamento médico durante todo tratamento.
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